segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Agricultura auto-sustentável: Uma questão de Viabilidade

Túlio Antônio de Amorim Carvalho*
"Mas a revolução industrial do capitalismo tinha já propagado
no centro dominante do capitalismo uma segunda
revolução agrícola, de uma outra amplitude, que vivemos
ainda, sem saber onde é que ela nos pode levar...
"A situação atual evoca mais o início de uma bancarrota
fraudulenta, porque não se procura dissimulá-la, do que
uma simples falência." (DUMONT, 1977).
Este trabalho faz uma análise comparativa entre as bases técnicas da
chamada "revolução verde", difundida o implementada nos últimos anos da
década de 60 o início da década de 70, e da agricultura auto-sustentável,
fundamentada na filosofia do desenvolvimento sustentável, tema da Conferência
das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Meio Ambiente (CNUMAD)
- ECO/92, realizada no Rio de Janeiro.
Essa análise, baseada na revisão da literatura sobre esses dois modelos
de desenvolvimento, t em como objetivo buscar argumentos para fundamentar
a defesa da tese de que a ampliação dos níveis de competitividade da
agricultura brasileira, e de maneira especial do Rio Grande do Sul, passa por
transformações na base técnica de seu processo produtivo.
Primeiramente, discutem-se as conseqüências ambientais e os desdobramentos
sociais e econômicos do modelo de desenvolvimento da
revolução verde. O tema central dessa abordagem é o uso e o manejo dos recursos naturais e seu esgotamento. Na seqüência, analisa-se a questão que
interliga a rentabilidade do Setor Primário à sustentabilidade dos recursos
naturais renováveis, debatida com base nos resultados obtidos com as tecnologias
enquadradas na filosofia do desenvolvimento sustentável ou conservacionista,
buscando-se dar ênfase à eficiência econômica e ambiental dessa
base técnica.
A questão da pesquisa e o seu importante papel como fonte geradora de
tecnologia alternativa na busca de soluções econômicas com preocupações
sôcio-ambientais para a produção agropecuária são discutidos sob o enfoque
da ampliação dos níveis de competitividade e de rentabilidade.
* Engenheiro Agrônomo, Técnico da FEE.

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